segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

O Velho e o Mar de Ernest Hemingway

     OpiniãoLi o Velho e o Mar de Hemingway quando era jovem e fiquei maravilhada. Depois reli-o por motivos profissionais e a leitura decorreu com uma outra maturidade, mas com o mesmo encanto.
     Foi, pois, com emoção que o reli. Começo por confessar que não sou muito dada a reler livros, mas este não resisti. Comecei e a verdade é que só parei na última página.
     Este é já um clássico. Foi com esta obra que o autor ganhou o prémio Pulitzer e foi uma obra igualmente decisiva para a atribuição do Nobel da Literatura em 1954, dois anos após a publicação do romance.
     A história de Santiago acaba por ser uma história de luta pela sobrevivência, não só física, mas também psicológica. Num tempo como o nosso o tema da solidão acaba por ser de uma atualidade bastante assustadora. E se pensarmos que o livro foi escrito na segunda década do seculo XX, compreendemos que, também aí, o tema era pertinente. Para além disso Hemingway mostra-nos como é fácil acabar sozinho, sendo abandonado por quem supostamente deveria estar do nosso lado.
     No entanto este acaba por ser também um livro de aventuras. Uma aventura entre o Velho Santiago e o enorme peixe que acaba por apanhar. Obviamente esta é uma metáfora referente aos homens e ao poder, a caça e o caçador, ou o peixe e o pescador. Uma metáfora que continua atual e uma luta que ainda hoje perdura.
     O livro tem uma linguagem simples e despretensiosa, mas não deixa de nos cativar e encantar. Ao longo da obra vamos sabendo quais os pensamentos do pescador e aquilo que ele vai sentindo e refletindo. Eu particularmente gosto muito de obras onde o leitor conhece e tem acesso ao amago da personagem, como se fossemos parte integrante delas.
  Assim sendo foi uma delicia reler esta obra que recomendo entusiasticamente. Não havia melhor forma de festejar os seis meses do blog. 

     SinopseBeste-seller em todo o mundo e também no Brasil, "O Velho e o mar" conta a história de um pescador que, depois de 84 dias sem apanhar um só peixe, acaba fisgando um de tamanho descomunal, que lhe oferece inusitada resistência e contra cuja força tem de opor a de seus braços, a de seu corpo, e, mais do que tudo, a de seu espírito. 
     Um homem só, no mar alto, com seus sonhos e pensamentos, suas fundas tristezas e ingênuas alegrias, amando com certa ternura o peixe com que trava ingente luta até levá-lo a uma derrota leal e honesta.
Uma obra-prima da literatura contemporânea, dotada de profunda mensagem de fé no homem e em sua capacidade de superar as limitações a que a vida o submete.



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