segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Mal Me Quer de M. J. Arlidge

    Opinião: M.J. Arlidge é daqueles autores que eu tenho de ler. E rapidamente. Também sei que quando começo dificilmente consigo parar. 48 horas foi o tempo necessário para ler este seu Mal Me Quer.
    Mais uma vez o autor retoma a inspetora Helen Grace, recém recuperada de um episódio traumático e bastante grave (ver o livro anterior). Esta policia vai ser a primeira testemunha daquilo que parece ser um acidente de viação. Mas a verdade é que se trata de um crime, aparentemente gratuito.
    Se assim fosse o livro teria tomado outro rumo, mas a verdade é que duas horas depois outro assassinato acontece. Relação? Nenhuma. O certo é que uma cidade aparentemente calma se transforma num centro de terror, onde a policia anda sempre um passo atrás dos acontecimentos e dos homicidas. O livro está marcado temporalmente e, em cada capítulo, sabemos quanto tempo passou sobre a ocorrência anterior.
    Helen Grace acaba por ser obrigada a esquecer o seu passado longínquo e recente, por forma a manter a sua atenção num conjunto de crimes que vão proliferando pela cidade, a sua cidade, sem relação aparente. Mas a certeza que todos temos, leitores e personagens,  que estes crimes são brutais e foram, certamente, planeados. A história adensa-se quando consciencializamos que se trata de dois jovens cujas motivações são inicialmente profundamente obscuras. É como se a transgressão fosse gratuita.
    Arlidge continua a escrever capítulos curtos, mas que prendem o leitor e nos  levam a uma leitura compulsiva e viciante. Nada é deixado ao acaso e os factos são dados a conta gotas, mas no momento certo, por forma a prender a atenção ao leitor.
    No final do livro fui ler a sinopse da contracapa e fui ver como o livro se chamava em inglês, bem como a data da edição original, pois as referências politicas existentes são da atualidade, o que me despertou a curiosidade. O livro é deste ano (parabéns à Topseller que soube ser célere na tradução) e chama-se Love Me Not o que nos leva à cantiga de criança para a qual o titulo português e a contracapa também remetem.  Este pode ser visto como uma ironia do autor. Uma lengalenga infantil para assassinatos tão brutais, mas para o leitor, quando acaba o livro, faz todo o sentido, que a obra assim se chame.

    Mais detalhes? Mais pormenores? Nem pensem. Façam a coisa inteligente para quem gosta de trailers. Leiam o livro. E depois digam de vossa justiça, aqui no blog.

    Sinopse: MAL ME QUER
    O corpo sem vida de uma mulher é encontrado no meio da estrada. À primeira vista parece tratar-se de um acidente trágico, mas quando a inspetora Helen Grace chega ao local do crime, torna-se claro para ela que a mulher foi vítima de um assassínio a sangue-frio sem razão aparente.
    BEM ME QUER
    Duas horas depois, do outro lado da cidade, um empregado de loja é morto, enquanto os seus clientes escapam ilesos.
    MAL ME QUER
    Ao longo do dia, a cidade de Southampton viverá um clima de terror às mãos de dois jovens assassinos, que parecem matar ao calhas.
    BEM ME QUER
    Para a inspetora Helen Grace, este dia vai tornar-se uma corrida contra o tempo. Quem vive? Quem morre? Quem será o próximo? O relógio não para…
Se Helen não conseguir resolver este quebra-cabeças mortal, mais sangue será derramado. E, se cometer algum erro, poderá muito bem ser o dela… 


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