quinta-feira, 2 de novembro de 2017

A irmã da tempestade de Lucinda Riley

     Opinião: Primeiro que tudo quero dar os parabéns à editorial Zero a oito pelo facto de ter sido célere a publicar o segundo volume desta coleção de livros da Lucinda Riley, As sete irmãs. Esta saga começou a ser publicada em junho deste ano, com o primeiro volume, e continua agora com a história Ally (Alcíone) a segunda irmã adotada por Pa Salt.
     Este segundo volume passa-se entre a Suíça, onde está a casa patriarcal e a Noruega onde Ally acaba por ir parar seguindo as pistas deixadas pelo pai adotivo para poder descobrir as suas origens. Passo a explicar:
     Pa Salt, homem multimilionário é o proprietário de Atlântida e acaba por adotar seis meninas que viveram consigo, com a ‘mãe’ Mariana e com Cláudia, a governanta. A morte do pai adotivo leva-as de regresso à ilha e a tomar conhecimento das disposições legais que condicionarão o seu futuro. Pa Salt deixou-lhes ainda uma carta individual e pistas que as poderão levar a descobrir as suas origens e a sua família de origem. Tal aconteceu no primeiro volume, respeitante à filha mais velha, Maia, e neste com a filha número dois, Ally.
     Assim sendo Ally que achava ter a vida programada e sem necessidade de procurar nada do que dizia respeito ao seu passado, vai por condicionantes da história, acabar por fazer isso mesmo e descobrir que as suas origens estão na fria Noruega, podendo ter uma ligação familiar com uma lendária cantora do século passado, Anna Landvik.
     O interessante desta saga é a construção que a autora faz da história das irmãs e todo o suspense que as envolve. Na verdade, existe uma sétima pista, para uma possível sétima irmã de que existência se tem conhecimento, mas que nunca viveu na ilha. Para além disso, este pai é um homem bastante misterioso, de que pouco se conhece, chegando as jovens a perceber que, apesar de se sentirem muito amadas e protegidas, pouco ou nada sabiam do trabalho e das ocupações daquele pai que amavam e amam de forma incondicional. No entanto em cada livro vamos descobrindo um pouco mais sobre este homem, embora o mistério também se adense. Outro aspeto notável, e como se parte sempre do momento em que as jovens têm conhecimento da morte de Pa Salt, a história poderia tornar-se repetitiva e pouco atraente. Nada mais falso.
     Outro elemento bastante importante destes livros são as personagens secundárias que acabam por ser uma presença ativa na narrativa, condicionando o comportamento das protagonistas e dando coerência e credibilidade à história, para além de ficarmos a conhecer as suas próprias histórias. 
     Ficamos, pois, à espero que até fevereiro a Zero a oito publique a história de Estrela (Astérope) a terceira irmã, podendo assim os leitores de Lucinda Riley continuarem a seguir os caminhos de vida destas irmãs.

     Sinopse: Em A irmã da tempestade , segundo volume da série As Sete Irmãs, as vidas de duas grandes mulheres separadas por gerações se entrelaçam numa história sobre amor, ambição, família, perda e o incrível poder de se reinventar quando o destino destrói todas as suas certezas. Ally D’Aplièse é uma grande velejadora e está se preparando para uma importante regata, mas a notícia da morte do pai faz com que ela abandone seus planos e volte para casa, para se reunir com as cinco irmãs. Lá, elas descobrem que Pa Salt – como era carinhosamente chamado pelas filhas adotivas – deixou, para cada uma delas, uma pista sobre suas verdadeiras origens. Apesar do choque, Ally encontra apoio em um grande amor. Porém mais uma vez seu mundo vira de cabeça para baixo, então ela decide seguir as pistas deixadas por Pa Salt e ir em busca do próprio passado. Nessa jornada, ela chega à Noruega, onde descobre que sua história está ligada à da jovem cantora Anna Landvik, que viveu há mais de cem anos e participou da estreia de uma das obras mais famosas do grande compositor Edvard Grieg. E, à medida que mergulha na vida de Anna, Ally começa a se perguntar quem realmente era seu pai adotivo. 



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