Opinião: Judith McNaught é uma daquelas
autoras que mal sai um livro tenho de o ter na minha estante. Este também veio
logo para a estante, mas por um motivo, ou por outro, acabei por não o ler. No
entanto, assim que lhe peguei a leitura foi non stop.
Mais ainda quando percebi que Whitney, meu amor tinha sido o seu primeiro livro. Este acaba por recuperar
personagens de Um reino de sonho,
que na verdade foi escrito posteriormente. Mas os dois livros podem ser lidos
de forma autónoma e por isso não houve qualquer incompatibilidade.
Whitney é uma jovem, órfã de mãe,
que vai viver com os tios maternos para Paris a pedido do pai. Este pedido
prende-se com as suas atitudes menos formais e muito pouco próprias para a
época em que vive (1816). A moça é rebelde, pouco convencional acabando mesmo
por manifestar atitudes escandalosas quando exterioriza sem vergonhas a sua
paixão por um vizinho mais velho.
A história continua com o
crescimento de Whitney em Paris onde se transforma numa lindíssima jovem,
rodeada de pretendentes e bem aceite na sociedade que frequenta. No entanto a
evolução não altera alguns traços da personalidade da rapariga, o que apenas
adensa a coerência da personagem.
É em Paris que conhece Clayton,
duque de Claymore que se apaixona por ela. E assim começa um romance que de
monótono nada tem. As duas personagens são de tal forma fortes que o
protagonismo do livro acaba por ser dividido entre os dois.
Whitney e Clayton vão viver uma
série de peripécias perfeitamente plausíveis, tendo que alterar, ou talvez não,
a sua forma de pensar, os seus conflitos e as suas teimosias, por forma a
criarem, se possível, uma história comum. As personagens que criam os ambientes
envolventes têm também elas uma densidade psicológica que as enriquece, muitas
vezes não são o que parecem, e, simultaneamente valorizam a caraterização
espacial e temporal.
Este é um romance de época onde
nada está ao acaso, e mesmo as manifestações que saem dos cânones temporais são
explicados e são-nos explicados os desvios, para que nada falhe na coerência da
história.
O final do livro é perfeitamente
plausível, embora a resolução do conflito só se dê nos últimos capítulos, o que
leva o leitor a manter a sua atenção e o seu interesse na narrativa. Sobre os
duques de Claymore penso que ainda falta traduzir um livro, sobre o irmão de
Clayton, o que espero a Asa faça brevemente.
Sinopse: Criada por um pai severo e
frio, a encantadora e impetuosa Whitney não tem medo de dizer o que pensa. Por
conta de seu comportamento inapropriado para uma moça da sociedade inglesa do
século XIX, Whitney é forçada a mudar-se para a casa da tia em Paris, onde
recebe aulas para se tornar uma mulher sofisticada. Quando retorna à
Inglaterra, está mudada, mas ainda deseja conquistar o belo Paul, seu primeiro
amor. Mas há alguém que parece disposto a destruir sua felicidade: trata-se de
Clayton Westmoreland, um poderoso duque, que está decidido a se casar com
Whitney a qualquer preço. Publicado em 1985, “Whitney, meu amor” é o primeiro
romance de Judith McNaught, e foi responsável por consagrá-la como uma das escritoras
mais populares dos Estados Unidos.
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